O HOMEM QUE LIA
LIVRO(S) NUM CAFÉ
Abrando o passo
sempre que passo por ele. Num destes dias, deliciava-me com a as
minhas botas novas. Voava com elas. Reinventei a sua figura a
montanha e vela. As montanhas movem-se em secreto, a chama das velas
sobrevivem na proporção da cera que consomem. Assim era ele. Dei
voltas e revoltas aos mundos. Quando voltei a passar naquele local,
ele permanecia. Um pouco mais cálido, com o rosto a escorrer para
disforme do tempo. A atenção mantinha-se, sem desvios, naquele que
parecia ser o mesmo livro: volumoso, com quilómetros de manuseio.
Eu sei que havia algo de superficial naquela espécie de alegria pelas botas novas assim como nas minhas andanças por aqueles sítios cheio de barulho de luzes e de gente.
Eu sei que havia algo de superficial naquela espécie de alegria pelas botas novas assim como nas minhas andanças por aqueles sítios cheio de barulho de luzes e de gente.